“Se puderes olhar, vê. Se podes ver,
repara”. (José Saramago)
PARA
INICIAR...
“Ao mexer com documentos escolares, estou lidando com
vidas humanas!
Com seres que sonham e aspiram... Que lutam, que brigam,
que choram e que correm em busca de uma vida melhor!
Minhas mãos podem construir! Minhas mãos podem edificar!
Tão importante são os papéis que passam pelas minhas mãos
e às vezes fico a pensar:
O que será da vida desse amanhã? Será que terá um futuro
melhor?
Será que para ele, surgirá um novo sol? Esse papel parece
coisa tão fria.
Será que a vida deles é fria e vazia? E a minha? Não! A
minha vida é cheia de amor!
Eu sonho, eu choro, eu luto, eu brigo, eu corro, eu
canto...!
O papel que parecia frio tocando em minhas mãos ficou
quente e
colorido com cores dos sonhos dos Josés e das Marias
que trabalham durante o dia e que a noite estudam. Que
correria!
Sinto vivo o papel deles em minhas mãos,
prometo a vocês Josés e Marias, que suas vidas não serão
vazias!
E com maior cuidado e atenção carimbo e assino os papéis,
porém, eles nunca saberão que seus destinos estiveram em
minhas mãos.”
O
Decreto nº 57.141, de 18 de julho de 2011, institui um novo modelo de gestão
para a rede estadual de ensino. O objetivo é corrigir distorções, fortalecer as
estruturas regionais e desonerar as escolas de trabalho burocrático, para que
as unidades possam concentrar seus esforços integralmente no processo de ensino
e aprendizado. Tem como premissa básica a gestão para resultados com foco no
desempenho dos alunos.
OBJETIVOS:
-
Apresentar à equipe escolar as principais metas e projetos da SE-SP.
-
Planejar e direcionar o trabalho diário na Escola.
-
Estabelecer metas na Escola, para o desenvolvimento do ano letivo.
- Analisar
e refletir com alunos, pais e professores sobre a relevância de temas, projetos
e ações da escola, tais como: Programas oferecidos pela SEE aos alunos e à
comunidade; Práticas escolares rotineiras; Projetos já desenvolvidos e
propostas de projetos a serem desenvolvidos.
- Valorizar
o trabalho em equipe na escola.
- Incentivar
a participação efetiva de toda a comunidade escolar na construção de um
trabalho colaborativo orientado pelos princípios democráticos e participativos
(importante ressaltar que o caminho para a melhoria da educação é a
participação qualificada dos pais no processo educacional).
- Refletir
sobre os resultados da aprendizagem dos alunos no ano anterior para que a
equipe identifique a verdadeira situação do alunado e também se a metodologia,
a didática e os procedimentos utilizados em sala de aula foram adequados.
- Atender,
de forma mais pontual e organizada, as necessidades de aprendizagem detectadas
no processo de avaliação, possibilitando à equipe escolar a otimização e a
reorganização de seus espaços e tempos.
Educação: Compromisso de São Paulo
divide as ações da Secretaria em 5 pilares, a saber:
O Não é sempre
certo na vida da gente. Por que não aprender a conquistar o SIM?
O Sim é uma conquista.
(Eliana Zagui)
A
educação é, também, onde decidimos se amamos nossas crianças o bastante para
não expulsá-las de nosso mundo e abandoná-las a seus próprios recursos, e
tampouco arrancar de suas mãos a oportunidade de empreender alguma coisa nova e
imprevista para nós, preparando-as em vez disso com antecedência para a tarefa
de renovar um mundo comum.
(ARENDT, Hannah. A Crise na Educação. Entre o passado e o
futuro. São Paulo: Perspectiva, 1972, p. 247).
O
mundo é um ambiente de aprendizagem. No entanto, a escola é, socialmente, o
espaço eleito para cumprir grande parte desta missão. Segundo a Constituição
Federativa do Brasil de 1988, “o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é
direito público subjetivo”.
“A
questão é bem simples, mas tem gente que gosta de complicar. Não precisa ser
filósofo nem Lulu Santos para entender que não existiria som se não houvesse o
silêncio. Nem instituição de ensino, não fosse à presença insubstituível de
seus alunos”.
(Claudio Gonçalves)
PLANEJAR
Planeja-se
de todos os jeitos porque planejar é inerente ao pensar humano. Mas a
utilização de conceitos, modelos, técnicas e instrumentos cientificamente
fundamentados e adaptados ao que se vai planejar têm trazido resultados. (Danilo Gandin)
O
autor nos incita à reflexão a respeito das diferentes abordagens, procedimentos
e níveis de participação do ato de planejar, ação fundamental para a vida
humana. Os níveis de participação norteiam as ações propostas, mas não garantem
resultados desejados. Planejar rumo aos resultados positivos nem sempre nos
deixa confortáveis frente aos desafios que se apresentam no processo de
preparo, execução e avaliação/replanejamento de um plano de ação. Nesse
processo cíclico algumas atitudes são fundamentais quando se quer desenvolver
uma gestão democrática e participativa. Exige-se, sobretudo a participação de
todos os agentes envolvidos. Nem sempre querer participar nos permite fazê-lo
de modo adequado. Participar se constitui em habilidade a ser aprendida, em
exercício constante de envolvimento, de atitudes desprovidas de autoritarismo e
manipulação e de muita reflexão, com vistas à desconstrução de ideias já
cristalizadas. É tempo de inovação, de mudanças consensuadas no coletivo. É
tempo de planejamento de um novo ano letivo e, certamente, estamos mais mobilizados
a enfrentar os novos desafios com entusiasmo e ousadia. Momento propício para
que a Diretoria de Ensino, enquanto instância intermediária articule suas ações
no sentido de fortalecer o planejamento participativo nas escolas sob sua
jurisdição, orientando-as para o desenvolvimento de uma gestão democrática, com
vistas à construção conjunta de uma educação de qualidade para todos os alunos.
O
planejamento se fundamenta nos princípios da descentralização com (co)
responsabilidade, comunicação e articulação, com a difusão em todos os âmbitos
entre centros e núcleos da Diretoria de Ensino e Escolas. Assim sendo pauta-se
em eixos, selecionados, coletivamente, pela equipe de técnicos durante o
planejamento da CGEB, quais sejam: gestão, currículo, recursos e materiais
didáticos, formação, acompanhamento, avaliação, recuperação e reforço, acesso e
permanência, engajamento da comunidade e regulação do sistema, os quais
subsidiam todas as ações da CGEB. Esses eixos são constituídos por grandes
temas.
É
preciso difundir e exercitar a prática da gestão democrática, com vistas à
integração, considerando o conteúdo ministrado; a efetiva aprendizagem dos
alunos e a metodologia dos professores.
VÍDEO
– GESTÃO DEMOCRÁTICA
Ter
uma esperança é um gesto utópico. A utopia é um ideal - algo desejado,
necessário e possível - em que não se encontra a certeza. Onde há certeza, não
há necessidade de esperança. A esperança habita um espaço de incerteza e,
também, de possibilidade. (Teresinha
Rios)
Plano de ação
Elaboração do Plano de Ação – 2014:
- A
partir do diagnóstico dos primeiros dias de aula, identificar e relacionar
quantos e quais alunos não atingiu as expectativas de aprendizagem em cada ano;
- Fazer
um levantamento de boas situações de aprendizagem que atendam as necessidades
dos alunos e que possibilidades a escola tem para criá-las;
- Organizar
a frequência aos ambientes de leitura, o empréstimo de livros e outras
atividades previstas que podem ser realizadas nesses espaços;
- Prever
a elaboração e/ou adoção de instrumentos de acompanhamento da progressão da
aprendizagem dos alunos (ex: portfólio, cadernos de registro, fichas...).
- Prever
também quais e como serão utilizados os registros do desenvolvimento do Plano
de Ação da Escola.
No desenvolvimento do Plano de Ação, faz-se necessário:
- Incluir projetos de leitura que
envolvam toda a escola (Comunidade leitora), tendo em vista que uma das metas
da escola pública é melhorar as capacidades leitora e escritora dos alunos;
- Assegurar o uso dos materiais do
Programa Ler e Escrever (material dos alunos e professores, acervos de livros
para a sala de aula, o conjunto de letras, o globo, a calculadora);
- Elaborar, observar, analisar e
discutir, ao longo do ano, com os professores situações didáticas que
proporcionam o desenvolvimento das aprendizagens em todas as disciplinas do
currículo;
- Prever diferentes modos de
agrupar os alunos de forma a garantir a circulação de informação, reflexão e
avanço na aprendizagem;
- Acompanhar e registrar o avanço
da aprendizagem dos alunos por meio dos instrumentos definidos no plano para
esta finalidade;
- Realizar reuniões de avaliação e
acompanhamento do desenvolvimento do Plano de Ação para verificar se há
necessidade de replanejar;
- Acompanhar o trabalho
desenvolvido com os alunos nas salas de aula;
A reflexão sobre os resultados da
escola deverá permear durante todo o ano as ações em prol da aprendizagem de
todos os alunos.
Os materiais produzidos pela
Secretaria da Educação e que acompanham professores e alunos diariamente
(Currículo e Cadernos) não podem ser entendidos como ferramentas únicas para o
trabalho docente.
Esses materiais buscam auxiliar o
ensino das disciplinas, mas não esgotam as suas possibilidades. Para
efetivamente atender às demandas e expectativas de aprendizagem, é necessário
que o professor planeje a fim de garantir a ampliação do repertório de vida e
de experiências dos discentes. Essa ampliação pode ser empreendida a partir da
exposição a diferentes tipos de textos, da sensibilização derivada do contato
com a produção artística nos seus diferentes suportes, da experimentação
científica, e da interlocução entre os diferentes saberes que compõe as
disciplinas do currículo.
A atuação do professor e suas
considerações acerca dos conteúdos de cada ano/série, das metas da escola, de
suas percepções dos diferentes momentos de aprendizagem, e principalmente do
seu compromisso com o ensino de qualidade e com a aprendizagem significativa
dos alunos, são de grande importância para o bom andamento da escola no
processo de ensinoaprendizagem.
Além dos cadernos do professor e
do aluno, também podem contribuir com o Planejamento os Cadernos do Gestor, as
Matrizes de Referência e os Relatórios Pedagógicos da avaliação SARESP bem como:
Programa – Educação: Compromisso de São Paulo; Programa VENCE; PrOEMI -
Programa Ensino Médio Inovador (MEC); Ensino Integral; ETI; Programa Nacional
do Livros Didático e Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNLD e PNBE; Projeto
Apoio ao Saber; Projeto Leituras do Professor; Projeto Acervo Sala de Leitura.
O que nos estimula a experimentar
e renovar? O que deve ser mantido? Estamos satisfeitos com os resultados
alcançados? E os alunos? Os pais e a comunidade reconhecem a qualidade dos
serviços prestados pela escola?
Programas e Projetos e suas peculiaridades, que se
encontra no site da Secretaria da Educação no link:
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário