quarta-feira, 19 de março de 2014


“Se puderes olhar, vê. Se podes ver, repara”. (José Saramago)

PARA INICIAR...
“Ao mexer com documentos escolares, estou lidando com vidas humanas!
Com seres que sonham e aspiram... Que lutam, que brigam,
que choram e que correm em busca de uma vida melhor!
Minhas mãos podem construir! Minhas mãos podem edificar!
Tão importante são os papéis que passam pelas minhas mãos e às vezes fico a pensar:
O que será da vida desse amanhã? Será que terá um futuro melhor?
Será que para ele, surgirá um novo sol? Esse papel parece coisa tão fria.
Será que a vida deles é fria e vazia? E a minha? Não! A minha vida é cheia de amor!
Eu sonho, eu choro, eu luto, eu brigo, eu corro, eu canto...!
O papel que parecia frio tocando em minhas mãos ficou quente e
colorido com cores dos sonhos dos Josés e das Marias
que trabalham durante o dia e que a noite estudam. Que correria!
Sinto vivo o papel deles em minhas mãos,
prometo a vocês Josés e Marias, que suas vidas não serão vazias!
E com maior cuidado e atenção carimbo e assino os papéis,
porém, eles nunca saberão que seus destinos estiveram em minhas mãos.”

O Decreto nº 57.141, de 18 de julho de 2011, institui um novo modelo de gestão para a rede estadual de ensino. O objetivo é corrigir distorções, fortalecer as estruturas regionais e desonerar as escolas de trabalho burocrático, para que as unidades possam concentrar seus esforços integralmente no processo de ensino e aprendizado. Tem como premissa básica a gestão para resultados com foco no desempenho dos alunos.

OBJETIVOS:
- Apresentar à equipe escolar as principais metas e projetos da SE-SP.
- Planejar e direcionar o trabalho diário na Escola.
- Estabelecer metas na Escola, para o desenvolvimento do ano letivo.
- Analisar e refletir com alunos, pais e professores sobre a relevância de temas, projetos e ações da escola, tais como: Programas oferecidos pela SEE aos alunos e à comunidade; Práticas escolares rotineiras; Projetos já desenvolvidos e propostas de projetos a serem desenvolvidos.
- Valorizar o trabalho em equipe na escola.
- Incentivar a participação efetiva de toda a comunidade escolar na construção de um trabalho colaborativo orientado pelos princípios democráticos e participativos (importante ressaltar que o caminho para a melhoria da educação é a participação qualificada dos pais no processo educacional).
- Refletir sobre os resultados da aprendizagem dos alunos no ano anterior para que a equipe identifique a verdadeira situação do alunado e também se a metodologia, a didática e os procedimentos utilizados em sala de aula foram adequados.
- Atender, de forma mais pontual e organizada, as necessidades de aprendizagem detectadas no processo de avaliação, possibilitando à equipe escolar a otimização e a reorganização de seus espaços e tempos.
Educação: Compromisso de São Paulo divide as ações da Secretaria em 5 pilares, a saber:

O Não é sempre certo na vida da gente. Por que não aprender a conquistar o SIM?
O Sim é uma conquista.
(Eliana Zagui)

A educação é, também, onde decidimos se amamos nossas crianças o bastante para não expulsá-las de nosso mundo e abandoná-las a seus próprios recursos, e tampouco arrancar de suas mãos a oportunidade de empreender alguma coisa nova e imprevista para nós, preparando-as em vez disso com antecedência para a tarefa de renovar um mundo comum.
(ARENDT, Hannah. A Crise na Educação. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 1972, p. 247).

O mundo é um ambiente de aprendizagem. No entanto, a escola é, socialmente, o espaço eleito para cumprir grande parte desta missão. Segundo a Constituição Federativa do Brasil de 1988, “o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo”.
“A questão é bem simples, mas tem gente que gosta de complicar. Não precisa ser filósofo nem Lulu Santos para entender que não existiria som se não houvesse o silêncio. Nem instituição de ensino, não fosse à presença insubstituível de seus alunos”. (Claudio Gonçalves)

PLANEJAR
Planeja-se de todos os jeitos porque planejar é inerente ao pensar humano. Mas a utilização de conceitos, modelos, técnicas e instrumentos cientificamente fundamentados e adaptados ao que se vai planejar têm trazido resultados. (Danilo Gandin)
O autor nos incita à reflexão a respeito das diferentes abordagens, procedimentos e níveis de participação do ato de planejar, ação fundamental para a vida humana. Os níveis de participação norteiam as ações propostas, mas não garantem resultados desejados. Planejar rumo aos resultados positivos nem sempre nos deixa confortáveis frente aos desafios que se apresentam no processo de preparo, execução e avaliação/replanejamento de um plano de ação. Nesse processo cíclico algumas atitudes são fundamentais quando se quer desenvolver uma gestão democrática e participativa. Exige-se, sobretudo a participação de todos os agentes envolvidos. Nem sempre querer participar nos permite fazê-lo de modo adequado. Participar se constitui em habilidade a ser aprendida, em exercício constante de envolvimento, de atitudes desprovidas de autoritarismo e manipulação e de muita reflexão, com vistas à desconstrução de ideias já cristalizadas. É tempo de inovação, de mudanças consensuadas no coletivo. É tempo de planejamento de um novo ano letivo e, certamente, estamos mais mobilizados a enfrentar os novos desafios com entusiasmo e ousadia. Momento propício para que a Diretoria de Ensino, enquanto instância intermediária articule suas ações no sentido de fortalecer o planejamento participativo nas escolas sob sua jurisdição, orientando-as para o desenvolvimento de uma gestão democrática, com vistas à construção conjunta de uma educação de qualidade para todos os alunos.
O planejamento se fundamenta nos princípios da descentralização com (co) responsabilidade, comunicação e articulação, com a difusão em todos os âmbitos entre centros e núcleos da Diretoria de Ensino e Escolas. Assim sendo pauta-se em eixos, selecionados, coletivamente, pela equipe de técnicos durante o planejamento da CGEB, quais sejam: gestão, currículo, recursos e materiais didáticos, formação, acompanhamento, avaliação, recuperação e reforço, acesso e permanência, engajamento da comunidade e regulação do sistema, os quais subsidiam todas as ações da CGEB. Esses eixos são constituídos por grandes temas.
É preciso difundir e exercitar a prática da gestão democrática, com vistas à integração, considerando o conteúdo ministrado; a efetiva aprendizagem dos alunos e a metodologia dos professores.
VÍDEO – GESTÃO DEMOCRÁTICA
Ter uma esperança é um gesto utópico. A utopia é um ideal - algo desejado, necessário e possível - em que não se encontra a certeza. Onde há certeza, não há necessidade de esperança. A esperança habita um espaço de incerteza e, também, de possibilidade. (Teresinha Rios)
Plano de ação
Elaboração do Plano de Ação – 2014:
- A partir do diagnóstico dos primeiros dias de aula, identificar e relacionar quantos e quais alunos não atingiu as expectativas de aprendizagem em cada ano;
- Fazer um levantamento de boas situações de aprendizagem que atendam as necessidades dos alunos e que possibilidades a escola tem para criá-las;
- Organizar a frequência aos ambientes de leitura, o empréstimo de livros e outras atividades previstas que podem ser realizadas nesses espaços;
- Prever a elaboração e/ou adoção de instrumentos de acompanhamento da progressão da aprendizagem dos alunos (ex: portfólio, cadernos de registro, fichas...).
- Prever também quais e como serão utilizados os registros do desenvolvimento do Plano de Ação da Escola.

No desenvolvimento do Plano de Ação, faz-se necessário:
- Incluir projetos de leitura que envolvam toda a escola (Comunidade leitora), tendo em vista que uma das metas da escola pública é melhorar as capacidades leitora e escritora dos alunos;
- Assegurar o uso dos materiais do Programa Ler e Escrever (material dos alunos e professores, acervos de livros para a sala de aula, o conjunto de letras, o globo, a calculadora);
- Elaborar, observar, analisar e discutir, ao longo do ano, com os professores situações didáticas que proporcionam o desenvolvimento das aprendizagens em todas as disciplinas do currículo;
- Prever diferentes modos de agrupar os alunos de forma a garantir a circulação de informação, reflexão e avanço na aprendizagem;
- Acompanhar e registrar o avanço da aprendizagem dos alunos por meio dos instrumentos definidos no plano para esta finalidade;
- Realizar reuniões de avaliação e acompanhamento do desenvolvimento do Plano de Ação para verificar se há necessidade de replanejar;
- Acompanhar o trabalho desenvolvido com os alunos nas salas de aula;
A reflexão sobre os resultados da escola deverá permear durante todo o ano as ações em prol da aprendizagem de todos os alunos.
Os materiais produzidos pela Secretaria da Educação e que acompanham professores e alunos diariamente (Currículo e Cadernos) não podem ser entendidos como ferramentas únicas para o trabalho docente.
Esses materiais buscam auxiliar o ensino das disciplinas, mas não esgotam as suas possibilidades. Para efetivamente atender às demandas e expectativas de aprendizagem, é necessário que o professor planeje a fim de garantir a ampliação do repertório de vida e de experiências dos discentes. Essa ampliação pode ser empreendida a partir da exposição a diferentes tipos de textos, da sensibilização derivada do contato com a produção artística nos seus diferentes suportes, da experimentação científica, e da interlocução entre os diferentes saberes que compõe as disciplinas do currículo.
A atuação do professor e suas considerações acerca dos conteúdos de cada ano/série, das metas da escola, de suas percepções dos diferentes momentos de aprendizagem, e principalmente do seu compromisso com o ensino de qualidade e com a aprendizagem significativa dos alunos, são de grande importância para o bom andamento da escola no processo de ensinoaprendizagem.
Além dos cadernos do professor e do aluno, também podem contribuir com o Planejamento os Cadernos do Gestor, as Matrizes de Referência e os Relatórios Pedagógicos da avaliação SARESP bem como: Programa – Educação: Compromisso de São Paulo; Programa VENCE; PrOEMI - Programa Ensino Médio Inovador (MEC); Ensino Integral; ETI; Programa Nacional do Livros Didático e Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNLD e PNBE; Projeto Apoio ao Saber; Projeto Leituras do Professor; Projeto Acervo Sala de Leitura.
O que nos estimula a experimentar e renovar? O que deve ser mantido? Estamos satisfeitos com os resultados alcançados? E os alunos? Os pais e a comunidade reconhecem a qualidade dos serviços prestados pela escola?



Programas e Projetos e suas peculiaridades, que se encontra no site da Secretaria da Educação no link: .




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